Logan: O final digno para Wolverine e Hugh Jackman
|“Logan, você ainda tem tempo”. Essa frase do Professor Xavier faz muito mais sentido quando você termina o filme. A FOX e Hugh Jackman não só conseguiram fazer o melhor filme da franquia X-MEN, como um dos melhores filmes de superheroi e o melhor filme do ano até agora. Cuidado, pois contém spoilers.
A trama principal é a humanização de Logan. O ex-Wolverine agora é o último X-MEN tendo que lidar com a instável mente do Professor Xavier (Patrick Stewart), que agora está demenciado, vivendo num mundo onde os mutantes estão praticamente extintos e com seu fator de cura falhando. Com a ajuda do mutante rastreador Caliban (Stephen Merchant), o velho Logan está decidido a manter o Professor Xavier à salvo e afastado do mundo.
A história começa quando Laura (Dafne Keen), uma jovem mutante criada em laboratório com o DNA de Wolverine, cai no colo do heroi com a missão de ser levada a um local em segurança. Obviamente, seus criadores a Alkali (referência à Lago Alkali, onde era a base em que Stryker colocou o adamantium em Wolverine) mandam os Carniceiros chefiados por Donald Pierce em busca da criança.
Dirigido por James Mangold, Logan é um filme complexo, mas com um roteiro simples de ser assimilado. O foco é mostrar que Wolverine não existe mais, agora há só um velho Logan cheio de feridas, tanto físicas quanto emocionais que não irão se curar. E, justamente o Professor Xavier, que está sendo cuidado, é que tenta cuidar dessas feridas emocionais de Logan, trazendo Laura cada vez mais para perto dele.
Logan é um filme sobre uma tragédia em um futuro apocaliptico para os mutantes, contudo ainda é um filme sobre esperança e aprender a amar. Laura e seus amigos frutos das experiencias da Alkali/Transigen são o futuro da espécie mutante e Logan é alguém que precisa de algo para acalentar a sua alma secular. Logan não é só mais um filme de superheroi, é um épico sobre a transição do velho e do novo mundo, sobre um Wolverine quebrado tentando manter os últimos pedaços de sua vida unidos.
A atuação de Patrick Stewart é shakespeariana. Dafne Keen é uma atriz muito expressiva com um atuação forte tanto na versão muda quanto na versão matraca espanhola. Hugh Jackman fez simplesmente a sua melhor atuação da vida. Dá pra perceber que demorou 17 anos de maturação de sua qualidade junto com um diretor com uma visão única para que realmente o Wolverine que todos esperávamos fosse visto nos cinemas na pele de Hugh Jackman. È interessante notar, que assim como na HQ O Retorno do Cavaleiro das Trevas, é justamente através da devastação do personagem que nós conseguimos realmente olhar em sua alma e ver quem ele era no passado.
Logan é um filme cheio de metalinguagem. Ele explica em poucas frases que os filmes anteriores aconteceram, talvez todos eles, mas não como foram mostrados (Charles Xavier cita Wolverine na gaiola e a Estátua da Liberdade de X-MEN 1), também com os quadrinhos criados exclusivamente para o filme por Joe Quesada mostrando uma luta contra o mutante pterodáctilo Sauron. A sessão de Os Brutos Também Amam foi perfeita para mostrar o que a história de James Mangold queria mostrar: uma homem que se acha uma relíquia do passado e que precisa sair para dar lugar a um mundo melhor.
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