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Marvel’s DareDevil – Demolidor (Série Netflix) – Crítica

Depois de anunciado, aguardado e idealizado, finalmente chegou o dia da estreia da nova série da Marvel que integra o universo cinematográfico, ao lado de Marvel’s Agents of S.H.I.E.L.D. Marvel’s DareDevil – Demolidor, chega a Netflix com a primeira temporada completa, contendo 13 episódios de aproximadamente 50 minutos. E com essa produção se inicia a explosão da Cozinha do Inferno.

Marvel’s Demolidor acompanha a vida de MatthewMattMurdock (Charlie Cox) que aos noves anos de idade perde a visão em um acidente de trânsito. Ao se tornar adulto ele se forma em Direito e ao lado de seu melhor amigo Foggy Nelson (Elden Henson) abrem um escritório de advocacia com o sonho de defender os indefensáveis, aqueles que não podem lutar contra o poder dos que possuem vantagens monetárias. Após o “incidente” de Nova Iorque muitos interessados surgiram em Hell’s Kitchen, com a ilusão de reerguer a cidade da destruição causada.

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Logo no primeiro episódio já conhecemos um “vigilante” formado que ajuda as pessoas e luta pelos seus ideais de melhorias na cidade. Seu primeiro caso como advogado, e oficialmente como vigilante, é a defesa de uma jovem acusada de assassinato, Karen Page (Deborah Ann Woll). Ao desenrolar do episódio temos alguns Flash backs que explicam algumas situações e isso ocorre por toda a temporada. A final do episódio podemos entender um pouco mais de sua luta e o que podemos esperar da série.

Desde que se iniciou o UCM, os filmes sempre mantiveram a mesma linha, usando o mundo real como cenário, mas com as coisas “mágicas” que ela possui, como a tecnologia super desenvolvida Stark e o mundo de Asgard. Os filmes sempre tiveram um tom mais cômico, e mesmo o Homem de Ferro 3 e Capitão América 2 que tiveram uma trama mais densa, não perderam o comum da Marvel, o humor. Em Demolidor eles foram para outro nível e se arriscaram no lado negro, sendo até comparado por alguns de o “Arrow da Marvel”. E quando me refiro à um tom mais sombrio, não me refiro a trama, mas sim a violência e sangue.

Após o acidente que deixou Matt cego, o mesmo produto que causou sua perda de visão alterou a capacidade de seus outros sentidos, permitindo que ele veja, muito mais dos que podem ver. Apesar dessa habilidade, sua força e velocidade não foram alterados. Ele é apenas um homem bem treinado com os sentidos aguçados. Isso é o Demolidor!

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Por mais que parece algo bobo de se comentar, é algo de suma importância, pois a série descreve seus limites e como isso o afeta durante as lutas e em suas decisões. A luta do episódio dois é de deixar qualquer um tenso e cansado. Acho que todos sentiram isso. O desenvolvimento da série utiliza bem dessa limitação de Matt e torna o roteiro muito agradável e realista. A cada episódio, os flash backs funcionam com exatidão para explicar tanto os eventos de Matt, como de Wilson Fisk, o poderoso Rei do Crime (Vincent D’Onofrio). E por falar nele, a atuação de Vicent no papel de Fisk é destaque por todos os episódios em que aparece. Apesar de aparentar ser alguém bobo e que simplesmente apareceu, ele prova ser metódico, calculista e um assassino frio. Apesar de relutar com sua natureza por toda a série, ao final ele mostra para que veio.

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Outro ponto importante e interessante é o reflexo que pode ser visto entre o Demolidor e Fisk. Os dois querem, de sua maneira, uma cidade melhor e a consideram como “sua cidade”. Praticamente são os dois lados de uma mesma moeda, mas que se revelam ao fina,l devido as escolhas feitas. Enquanto Fisk é um assassino frio, o Demolidor se mantém perto da linha, mas nunca a ultrapassa. Esse conflito pessoal dos personagens cria um belo ambiente e são bem usados pelo roteiro. A ambientação também favorece. Uma cidade que sofre após a batalha de Nova Iorque, que precisa de ajuda, é o cenário perfeito para um conflito policial, que é mais o foco dessa série. Nada de super poderes, somente homens comuns.

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Como é de praxe, todas as produções do UCM tendem a citar referências para mostrar que estão ligadas, e em Marvel’s Demolidor não é diferente. Existem diversas referências aos Vingadores, ao Thor e Homem de Ferro. Marvel’s Agent Carther e Agentes da S.H.I.E.L.D também estão presentes nas referências. Particularmente, eu acho isso interessante e complexo, pois as séries sofrem com as produções do cinema, mas dificilmente veremos o contrário. Mas é uma grande oportunidade para expandir o UCM na introdução de novos nomes, mesmo que seja por citação, no filme Guerra Civil.

Utilizando algumas grandes referências das HQ’s, inclusive a roupa preta utilizada por quase toda a série, Marvel’s Demolidor é uma ótima obra, que se mantêm fiel e apaga o fracasso do filme Demolidor – O Homem sem Medo, de Ben Affleck. Com ótimas coreografias de lutas, pakour, diálogos e conflitos, a série tem potencial para desmistificar que o UCM é feito abusando do humor, e mostra que historias mais sombrias tem espaço na galeria de heróis. Agora nos resta esperar as próxima temporada, produções e personificações de outros personagens como Luke Cage , Jessica Jones, Punho de Ferro e quem sabe ir mais além, formando os “Defensores” na televisão. Marvel e Netflix têm tudo para abrilhantar o universo Marvel de Cinema.

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