Mad Max Estrada de Fúria: Nós não precisamos de outro heroi
|“We Don’t Need Another Hero” Tina Turner em Mad Max Além da Cúpula do Trovão (Mad Max Beyond Thunderdome).
A dificuldade de se fazer uma continuação ou mesmo um remake de que um filme antigo é como fazer uma história que respeite a original, tenha a mesma linha ideológica e atualize a história. Bem, isto Mad Max Estrada de Fúria conseguiu fazer.
Na evolução da história de Mad Max, nós vimos no primeiro filme Max Rockatansky (o estreante Mel Gibson) era um policial em meio a uma cidade perdida, dominada por motoqueiros insanos. Neste filme, ainda não fica claro, mas o mundo sofrera uma grande mudança por uma guerra nuclear e os recursos eram cada vez mais escassos. Já em Mad Max 2: a caçada continua, o mundo está irremediavelmente alterado com pessoas e situações cada vez mais bizarras. Tudo isso culmina em Mad Max 3: Além da Cúpula do Trovão, onde não há mais salvação. As crianças jamais conhecerão o mundo normal, apenas aquele futuro distópico e Max está mais louco do que nunca, um verdadeiro guerreiro da estrada.
Em Mad Max Fury Road, acompanhamos um Max (Tom Hardy) mais sobrevivente e mudo do que nunca. Temos uma cidade dominada por Darth Vader Immortan Joe (Hugh Keays-Byrne), o qual possui água (aqua cola), gasolina e munição, além é claro de escravos e garotos kamikrazy, fanáticos por seu líder e mantendo tudo isso por uma religião criada por ele e pelo medo. Junte a isso, mostrar um Max realmente Mad e Furiosa (Charlize Theron) como uma guerreira em busca de redenção em um filme que passa quatro quintos de seu tempo em movimento e teremos nossa estrada de fúria.
A narrativa com poucos diálogos, muitas cenas que te descrevem melhor do que qualquer palavras e uma mitologia criada em poucos minutos te fazem deste roteiro um dos melhores filmes dos últimos anos. O diretor George Miller realmente está de parabéns, pois após 36 anos do original, ele nos brinda com uma obra prima, muito acima do padrão hollywoodiano. Não é um filme sobre um antiheroi, mas sobre um heroi. Max pode parecer um antiheroi, mas na verdade está apenas tentando fugir de sua responsabilidade. Este é o dilema do heroi e ele o conduz até o terceiro ato do filme enquanto intercala com a jornada do heroi de Furiosa sobre um mundo onde precisamos de mais do que sobrevivência, precisamos de esperança.
Como futuro distópico pós-apocalíptico, o visual ficou incrível, mas o excesso de distorção da realidade me pareceu um pouco forçado para MAXimizar a experiência. O excesso de noivas de Immortan Joe também foi um problema. Por mais que elas fossem um fanservice, elas poderia ter sido condensadas em três. Outra questão foram as velhas mães colocadas apenas para dar um apoio a Max, Furiosa e Nux (Nicholas Hoult) na luta contra o exército de Immortan Joe e morrer.
Uma teoria diz que esse Max na verdade não é o Mel Gibson (!!!). Poderia ser um outro Max, como por exemplo o Garoto-Fera de Mad Max 2 (não impossível, pois o filme parece ter muito mais tempo a frente ou Max então está um cinquentão enxuto). Outra teoria (dita pelos produtores) é que não enxergam a história como uma continuidade, mas como histórias desconexas sobre um guerreiro da estrada que perdeu família e amigos… que se chama Max.
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