Crônicas Ocultas do Clã DBOF: Cap2-pt2
|Por: M. Barreto
Capítulo II: Máquina do Tempo
Denis se largou no sofá. Lembrou que o próprio Doutor havia dito sobre as Bombas de Hidrogênio terem sido as armas utilizadas por diversos países como retaliação ao ataque que Dario iniciara aos EUA e Rússia. Agora entendia o que ele quis dizer ontem quando falou que o conteúdo da caixa de chumbo era muito pior do que material radioativo.
– Então o material da caixa de chumbo era… –começou a falar Denis.
– Trítio –completou o Doutor. Também chamado de terceiro isótopo do Hidrogênio. È o material necessário, junto com o Deutério, para fazer a bomba. Para enviar a massa de uma pessoa de volta no tempo seria necessário mais trítio do que existe na Terra. O material que eu consegui reunir é o suficiente para mandar uma mensagem de vídeo de uns dois minutos ao passado ou explodir metade do antigo estado Rio de Janeiro.
– Deixa ver se eu entendi –Denis se endireitou no sofá. Você vai mandar uma mensagem para o passado, certo? –Recebeu um sinal afirmativo do amigo. E a partir disso, alguém vai modificar o passado e o futuro? – novamente Doutor balançou a cabeça afirmativamente. Agora, para quem nós vamos mandar essa mensagem e o que acontece com nós dois, aqui desse tempo?
– Interessante você perguntar isso –o cientista vai até a mesa com os papeis e pega o mesmo relatório no qual havia rabiscado à noite. Olhe esse desenho. Eu marquei três pontos importantes. Posse, Armageddon e Hoje –Denis olhou atentamente para o papel. A mensagem virá de hoje até o dia da posse, mas… eu sei que ela chegará atrasada e só irá aparecer 10 dias antes de Armageddon.
– Porque? –Perguntou Denis intrigado.
– Porque eu sei, ora essa –falou com um sorriso sarcástico. A mensagem vai criar uma distorção do tempo que mudará todo o futuro –apontou para reta que saia do ponto “posse”. Vou mandar para esse cara aqui. Lembra dele? –Doutor abriu a ficha-pessoal e a entregou a Denis.
– Mauricio, 22 anos, RJ… – Denis piscou rapidamente. Claro que eu conheço, é o Mauricio, moderador da DBOF, meu amigo de anos, e ele é… –antes de acabar de falar o Doutor puxou a ficha de suas mãos.
– Parece que lembra dele. Então é isso, vou mandar a mensagem para ele e pedir que reúna os outros moderadores. Juntos, os sete devem encontrar uma maneira de deter Dario.
– E porque reunir os sete moderadores?
– No dia da suposta festa, Dario disse que havia sete armas para os sete moderadores. Especialmente feita para os moderadores. Ou seja, sete armas que usaremos contra ele mesmo –falou comum sorriso maldoso no rosto. Vamos lhe dar do seu próprio veneno.
– Isso mesmo! –falou Denis entusiasmado.
– E respondendo à sua segunda pergunta, essa versão de nós desaparecerá sem deixar vestígios. –respondeu seriamente.
Ambos ficaram em silêncio por um longo tempo. Denis levantou e saiu do laboratório. Encontrou Pual arranhando a porta, tentando sair para a rua. O gato virou-se para Denis e soltou um longo miado que Denis reconheceu como sendo um aviso de Perigo. Olhou pela janela e nada viu. De repente o chão estremece e um alto som de um helicóptero se aproximando é ouvido. Dois tanques estavam chegando, pela frente e o helicóptero sobrevoava a casa.
– Merda… Doutor!!! –chama desesperado pelo amigo.
– Já vou, já vou… –ele vem calmamente até o lugar onde o Cyborg estava. Ah é isso. Chegaram mais rápido do que eu pensei.
– Como assim? Eles são soldados da Cidadela?
– Não, são nossos últimos amigos da DBOF –Doutor fita Denis que está muito atônito com a revelação de que havia mais membros vivos. Eles vieram garantir que o iminente ataque da Cidadela não surta efeito.
– Vai ter um ataque hoje? – exclama Denis. Como você pode saber?
– Porque eu mesmo me mandei essa mensagem daqui há 1 hora e ela me chegou hoje de madrugada pelo celular, enquanto eu estava no telhado –falou como se fosse a coisa mais corriqueira do mundo. Espero que ainda tenha energia para pelo menos um minuto de mensagem para mandar ao Mauricio.
O som do helicóptero diminuiu. Denis olhou pala janela e viu que ele havia pousado. A campainha soou alto na porta da frente. Pual miou com fúria e foi ao chão com o pêlo eriçado. O Doutor foi abrir a porta e um homem branco com farda militar estava parado à sua frente em posição de descanso.
– Senhor –disse alto o soldado.
– À vontade tenente –disse o Doutor em tom militar. Que bom que recebeu meu chamado –estendeu a mão e o soldado a apertou.
– È bom ver você, velho amigo –o soldado abraçou Doutor.
Denis se juntou aos dois ainda com a arma do braço para fora.
– Denis, você não mudou nada desde a ultima vez que te vi –o soldado disse com um largo sorriso no rosto.
– Diego? –Denis o escaneou com o olho vermelho. È você mesmo cara! –guardou a arma e partiu para um abraço. Você ta vivo, mas como?
– Devemos tudo a esse homem ai ao seu lado –apontou para o Doutor que fingiu que não estava nem olhando. Ele nos resgatou da cidadela e nos levou para um abrigo onde nós montamos a nossa brigada de contra-ataque. Tudo por sua causa, Doc.
– Por que eu nunca soube disso? –perguntou Denis.
– Porque foi preciso. Há 10 anos eu não tinha a mínima idéia de que conseguiria fazer o conceito da Máquina do Tempo se tornar realidade. A idéia da Brigada me pareceu muito apropriada. Aliado a isso, procurava minha família e meus amigos, então uni o útil ao agradável. Foi quando encontrei Pual, Diego e os outros.
– Outros? –Exclamou Denis. Quem mais está vivo?
– Olhe por si mesmo –disse Diego
Três pessoas estavam paradas no jardim. À direita, um homem com um katana e armadura de samurai; à esquerda, um homem com um sobretudo negro e óculos escuros estilo matrix; e no centro um emo com farda semelhante à de Diego.
– Samanosuke, Junior e Milton – Diego apresentou a Denis, indo se juntar aos três.
– Somos a Brigada Hater do Clã DBOF! –disseram os quatro juntos.
Denis piscava incrédulo. 10 anos e não desconfiara de nada.
– Arruaceiros, brigões e chatos pra caramba –disse o Doutor. Mas ainda assim eram membros do clã DBOF. E foram convidados por Dario a visitar a Fortaleza da Cidadela. Mas assim como nós e os outros eles quiseram enfrentá-lo quando souberam da verdade. Eu os tirei de lá, já faz uns 9 anos. São a nosso ultima linha de defesa contra um inimigo deveras letal. Se não fosse por eles, não haveria mais esperança.
Continua…
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