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Quando o Pokémon não evolui

Esse meu jeito de viver/ ninguém nunca foi igual/ a minha vida é fazer/ o bem vencer o mau”. Logo após essa frase somos apresentados a um mundo alternativo onde pessoas convivem com formas animais superpoderosas chamadas Pokémons capazes de sofrer uma evolução instantânea tornando-se ainda mais fortes. São criaturas que sob a tutela de treinadores se tornam combatentes em famosos torneios  Conhecemos também Ash Ketchum um garoto de 10 anos que inicia sua jornada pokémon com seu Pikachu, um roedor elétrico capaz de dar choques de até 10000 volts e com o sonho de se tornar o maior Mestre Pokémon de todos. Unem-se a eles Misty, uma garota treinadora de pokemons aquáticos meiga, mas meio mandona e Brock, um criador das criaturas de Pedra que se apaixona por todas as mulheres bonitas da série.

Ash e Charizard Pokemon

Brock foi o primeiro grande desafio de Ash e Pikachu, pois ele era um treinador de Ginásio pokémon. Para tornar as coisas mais simples de entender, os treinadores pokémons têm que enfrentar líderes de Ginásios para assim conseguir insígnias, e ao juntar oito delas participarem da Liga Pokémon, um torneio que lembra muito as Olimpíadas. Então Ash derrotou Brock e os dois se tornaram amigos (coisa muito comum nos animes). E nesse ínterim aparece a Equipe Rocket, uma organização que busca capturar pokémons raros, representados pelos cômicos humanos Jesse e James e pelo pokémon Meowth (leia-se Miau), um pokemon falante tentando capturar Pikachu após ver que seu choque é tão forte que vence a vantagem dos pokemons de pedra em relação aos tipos elétricos. Com o passar do tempo Ash captura novos Pokémons como Caterpie, Pidgeotto, Bulbassauro, Squirtle e Charmander.

As aventuras se sucedem, Ash enfrenta treinadores em amistosos, nos ginásios e também a Equipe Rocket por diversos emocionantes episódios, cheios de pequenas reviravoltas e tramas simples, mas envolventes. Vemos Caterpie, uma lagarta se encasular em Metapoid e depois virar a borboleta Butterfree. Também o meigo e fiel dragãozinho-vermelho-com-fogo-no-rabo (literalmente) Charmander evoluir ao invocado Charmeleon e depois ao poderoso Charizard, que seria o pokémon mais forte de Ash, mas também igualmente rebelde (é o Vegeta/Ikki/Hiei de Pokémon).

Ash chega à Liga e é derrotado quando já estava nas partidas finais da competição. Nada mais justo, visto que ele ainda não era um mestre pokémons, faltava-lhe amadurecimento e maturidade para vencer. Mas dali a quatro anos haveria outra Liga e então quem sabe Ash não estaria pronto. Fato curioso nos animes e mesmo em séries live-action é que nos podemos acompanhar a vida e o crescimento de nossos jovens heróis e nos identificarmos com eles quer  porque estejamos crescendo, quer lembrarmos muito bem de como foi essa fase da vida.

Todavia, com mais de 10 temporadas, Pokémon não evoluiu! Ash ainda tem 10 anos e continua perdido em alguma floresta, eventualmente lutando contra algum treinador e sempre enfrentando a mesma Equipe Rocket. Tentaram adicionar centenas dee novos Pokémons aos 150 originais, trocaram as roupas de Ash e lhe deram novos amigos como se isso melhorasse as coisas. Mas se você assistir Pokémon hoje, verá a mesma coisa que há 12 anos atrás só que menos original. Ash ainda não se tornou um mestre Pokémon, Misty está mais apaixonada por ele do que nunca e nem um beijo rolou, Brock estuda os monstrinhos há anos e ainda parece não saber nada. O Pokémon não evoluiu!

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O resultado é que dificilmente se encontrará um fã que tenha resistido a 10 anos de mesmice e ainda assista o anime fielmente, diferente de outros animes como Cavaleiro do Zodíaco e Dragonball que já possuem 20 anos de estrada e continuam com suas legiões de fãs em franca expansão. O segredo da longevidade está na versatilidade e evolução, um tema recorrente na série que, todavia, parece ter sido aplicada apenas às criaturinhas, mas nunca ao anime.

Um bom exemplo de como Pokémon podia ter evoluído foi o primeiro filme da série, onde Mewtwo (Dublado por Guilherme Briggs), um clone evoluído e melhorado de um pokémon psíquico lendário, se revolta contra os criadores e resolve mostrar ao mundo que os clones também querem seu lugar ao Sol. Uma temática mais séria e adulta com abordagens muito interessantes durante toda a película sobre clonagem, preconceito e superação garantem o seu ingresso ou o aluguel do DVD num raro momento em que um filme fica melhor que o original.

Bem, Ash não se tornou o maior Mestre pokémon de todos, não se casou com Misty, não teve um filho chamado Brock e não derrotou o líder da Equipe Rocket usando um ataque combinado de Pikachu e Charizard (não estou viajando muito nessa parte, esses dois já lutaram juntos no terceiro filme que é bem legal de se ver), mas Pokémon ainda está por aí e talvez fique por muito tempo enquanto existam crianças de 12 anos que o assistam. Contudo, espero um dia ligar a TV e ver Ash com 30 anos com um Pikachu de orelhas brancas falando a seu filho dos  mais raros Pokémons de sua jornada.

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