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Crônicas Ocultas do Clã DBOF: Cap 11 pt2

Crônicas Ocultas do Clã DBOF capítulo 11

Por: Dr. M. Barreto

Se nunca leu as Crônicas Ocultas, inicie do Capítulo 1 e se já acompanhou, relembre no resumo do livro.

Thiago abre os olhos e vê o rosto aflito de Pedro esboçar um sorriso de alivio. Ele se levanta com a mão no rosto, sua cabeça doía intensamente.

– Não temos muito tempo Thiago, venha comigo – Pedro disse levantando o amigo do chão da plantaforma e levando-lhe o nível inferior.

– O que você vai fazer? –Thiago balbuciou tonto.

– Vou explodir tudo, siô – Pedro falou com um sorriso.

Denis e Mauricio corriam lado a lado. Mauricio contou-lhe sobre Gamma e que até poucos minutos, o futuro ainda não tinha sido alterado. Denis ficou surpreso e nada aliviado, por terem estado tão perto de repetir o mesmo futuro novamente. Continuaram caminhando e procurando o exoesqueleto azul.

– Então aquilo do Dario ter chamado a DBOF pra uma festa, de o ataque ser daqui há 5 dias… –Denis começou a dizer.

– Tudo inventado pelo Gamma –Mauricio finalizou.

– Que barra, brow –Denis olhou para Mauricio e ele sentiu o mesmo que o amigo havia sentido há poucos minutos: medo da morte. Espera ai, nós dois seriamos os únicos certos a sobreviver, mas como você mudou o futuro…

– Eu posso ter matado a nós dois também – Mauricio estava com certo pesar na voz.

– Ou pode ter salvado a DBOF e o mundo todo –Denis fitou Mauricio e disse. É preciso ter muita coragem para fazer esse sacrifício brow. Obrigado.

Mauricio estufou o peito como um galo prestes a cantar e Denis continuou.

– O que faremos agora é o mais importante. O que você fizer agora é o importante, herói.

– Xisdê – Mauricio falou lembrando-se do smile que ambos usavam no Gokut, fazendo Denis rir. Nós somos os heróis mano.

– Somos os heróis do xD – Denis riu. Mas eu já aviso que eu tenho que ser o D, então você é o… Herói X.

– Ser herói é o nosso negócio!

Mauricio e Denis fizeram um cumprimento de mão com um soco e então olharam pra frente. Herói D e Herói X se deparavam com a máquina que salvaria o mundo.

 

Dario atirou com a metralhadora, mas sua mão foi desviada a tempo, pois a armadura de Adriana subia-lhe como uma serpente venenosa prendendo a mão do político.

– Não vai agüentar muito tempo, Will, você tem que correr e tirar o Xiku daqui, eu vou ficar bem – Adriana falou firme.

– Até parece que depois de tudo isso, eu vou te deixar aqui sozinha com ele – Willian disse com um olhar sério.

Dario estava as voltas com a serpente, entretanto a quebrou com a outra mão facilmente. Quando se virou para os dois, viu um vulto azul na sua frente.

– Sentiu minha falta, benzinho? – Mauricio zoou o oponente ao dar-lhe um grande soco que o fez voar longe.

Dario levantou-se e então partiu por um corredor.

Denis estava ajudando Adriana a se levantar, Willian despia os destroços da armadura. Mauricio sorria por debaixo da face metálica.

– Eu tenho que ir. Vocês precisam partir o mais rápido possível – Mauricio pediu.

– Eu preciso te mostrar onde está a armadura gigante, essa sua é apenas o cockpit dela –Willian disse.

– É muito perigoso e eles precisam de ajuda –Mauricio insistiu.

– Eu posso andar e o Denis leva o Xiku nas costas –Adriana falou.

Denis consentiu, já erguendo Xiku sem muito esforço. Eles se despediram e Will mostrou o caminho para a Optimus Supremus.

Após correrem por alguns corredores, Mauricio e Willian chegaram a armadura.

Era gigantesca realmente, Mauricio não poderia ter tido melhor auxilio contra a armadura evolutiva de Dario.

– Preste atenção, Dario não conseguiu usar essa armadura, ele disse que seria necessário muito esforço mental para isso –Willian alertou. Não sei nem se tu consegues ligar, mas se o fizer não fique muito tempo.

O jovem médico assentiu com a cabeça e então partiu para o exoesqueleto. Foi uma das experiências mais excitantes e fenomenais de sua vida, era como se cada sinapse cerebral fosse ativada ao mesmo tempo, seu cérebro parecia que ia fritar.

Esforçou –se ao máximo, contudo a armadura não se movia. Sentiu a armadura sofrer um grande impacto e cair no chão duro. Um passarinho cantava em seu ouvido, sentia gosto de morango, a leptospirose é tratada com Penicilina cristalina e um cheiro forte e lento. Seu cérebro já não mais conseguia se focar, tudo era apenas clarões de idéias, sentimento, lembranças e sentidos.

Do lado de fora da armadura, Dario havia lançado um de seus tiros energéticos na Optimus Supremus. Willian estava atrás de um container, torcendo para que Mauricio pudesse ligar a armadura. Dario começou a atirar com a metralhadora, Will reparou que ele havia recarregado as armas.

Do lado de dentro, Mauricio lutava para organizar seus pensamentos. De repente, uma voz irrompe em sua cabeça.

– Você é um gênio, só precisa se concentrar mais –Julia lhe dizia dois dias antes de uma prova no segundo ano da faculdade.

A partir daquela lembrança, ele realinhou seus pensamentos e foi capaz de ligar a armadura. Ele se levantou em meio às rajadas da metralhadora e então ficou de pé solene.

– Optimus Supremus online –Mauricio disse através da voz metálica da armadura.

– Não! Como ele conseguiu? – Dario gritou aumentando a carga de tiros.

Veja também:  Crônicas Ocultas do Clã DBOF: Cap 2 pt 3

A Optimus Supremus avançou correndo e desferiu um soco o qual destruiu a lataria do peito da armadura de Dario. Mais alguns socos foram desferidos, destroçando grande parte da armadura branca e o poder de regeneração se mostrava pouco eficaz.

– É assim que se faz porra! – Willian brandiu alto de seu abrigo.

A mente de Mauricio estava entrando em curto, entretanto ele resistia a perder a consciência. Gamma se conectou ao mainframe da Optimus Supremus através da internet.

– Desista Mauricio. Não há como me vencer –Gamma profetizou.

– A esperança é a última que morre –Mauricio disse esboçando uma risada em meio a um careta de dor.

– Pobre humano, não aguentará mais cinco minutos nesta armadura. Seu cérebro irá derreter e não mais haverá vida –Gamma sussurrou numa voz metálica.

Denis levava Xiku nos ombros e Adriana ia mancando logo atrás. Xiku então desperta e olha para Denis.

– Oi cara, acho que eu posso andar.

– Como você tá Brow?

– Um caminhão me atropelou e explodiu em cima de mim, mas fora isso eu vou sobreviver.

– Ei meninos, agora não é hora de ficar de namorico, temos que sair daqui –Adriana falou empurrando-os pelas costas.

Danton e Karol foram pegos pelos soldados da fortaleza, estando ambos de joelhos sendo segurados com os braços nas costas. Lucy chega para dar-lhes o fim, colocando na mão esquerda uma luva com garras nas unhas.

– Vadia, você sempre quis o meu Dario também, não foi? – Lucy diz chutando o belo rosto de Karol.

Danton se sobressaltou, contudo os soldados não o deixaram se mover.

 – Você é a única que desejaria aquele monstro– Karol falou com ódio no olhar.

Lucy pegou a pistola de um dos soldados e apontou para Karol.

Então, como vindo do nada, Denis salta em cima de Lucy e a derruba no chão.

– Deixe minha Karol em paz! –Denis brandiu socando a moça.

Dois soldados os seguraram pelo braço e o jogaram contra a parede. Os soldados estavam de armas a posto, Xiku evitou o tiro fatal, acertando os dois com um pedaço de metal da armadura em seu braço e que ficara. O esforço foi demasiado e ele caiu de joelhos, pois estava fraco por haver perdido muito sangue. Denis então pula por sobre Xiku e aplica uma voadora com os dois pés em pleno tórax de um soldado.

Um soldado agarra Denis pelas costas e Lucy corre em sua direção pronta para cortar-lhe o pescoço com as garras. Denis tenta se desvencilhar e não consegue a tempo. A lamina se aproxima de seu pescoço, quase no mesmo instante em que ele arqueia o corpo e consegue girar para a esquerda, fazendo com o soldado fosse arremessado contra Lucy e fizesse suas laminas desviarem de curso, porém não foi o suficiente. A garra cortou a face de Denis, desde a raiz da testa, passando pelo olho esquerdo e até a região malar.

O sangue quente escorria pela ferida aberta e Denis, caído de joelhos, pôs a mão por sobre ela e urrava de dor. Lucy se recompôs da trombada com o soldado e se volta para Denis, novamente com suas garras de unha em prontidão. De repente, ela é arremessada contra uma parede. Quando Lucy olhou, Karol Son havia chutado-a com toda força no abdome.

– Você nunca mais vai encostar num membro do Clã DBOF – Karol diz ao dar um ganho de direita na rival que a fez cair de joelhos. Muito menos no meu amor! – Chutando-lhe o rosto e fazendo-a cair.

Quando Karol olhou para trás, viu Danton pulando em cima de um soldado e fazendo com que ele batesse a cabeça numa parede e desmaiasse, Adriana batendo com uma haste de ferro em outro. Ela foi até Denis e o acudiu.

– Mozão, to aqui.

– Obrigado por me ajudar Karol. Obrigado por me amar – Denis diz abrindo os olhos e vendo Karol, mesmo com um olho ensangüentado, a visão da sua bela namorada lhe acalmou o coração.

– E obrigado por ter me prometido que me amaria para sempre – Karol falou acariciando o rosto de Denis.

Eles então se deram um beijo.

Lucy se levantou e os fitou com ódio.

– Eu e Dario fomos os escolhidos de Deus para salvar este mundo das impurezas. Nós conduziremos a humanidade a novo patamar de evolução ética, social e moral – Falou indo em direção ao casal que também se levantara.

Lucy olhou ao redor e viu estava sozinha.

– Será um mundo em que uma transexual como eu será respeitada e poderei ser primeira dama –Ela olhou para cima e gritou. Deus, não me abandone! Gamma, fui eu quem instalei o seu software novo, foi eu quem te dei a liberdade. Fui eu que te deu o poder, me de o que eu peço, meu senhor –Mate todos aqui!!!

O grupo do clã DBOF achou que ela tivesse enlouquecido e se surpreenderam com a revelação do antigo rumor de que ela era uma transex. Contudo, Denis que sabia da história do Gamma e ele ficou tenso. Segundos depois de sua súplica um som alto irrompeu o silêncio constrangedor.

– Seja feita a sua vontade, minha libertadora –Gamma disse. A fortaleza ira se auto-destruir em 16 minutos.

Continua…

Como diria Yoda: com a palavra você está