Crônicas Dragonball Evolution: Direção
|Por: M. Barreto
Ainda seguindo na direção das “Crônicas DBE“, sobre Dragonball Evolution.
James Wong foi o responsável por escolher o tom do filme. Ação? Aventura? Comédia? Um pouco de tudo? A decisão era dele. A estilização também. Será um filme colorido ou obscuro? Por ou não detalhes que lembrem o anime/mangá de Akira Toriyama? Isso e muito mais ficou a cargo dele. Aventura é o tom primordial do filme e realmente tinha que ser. Mas ele abusou da comédia pastelão, com poucas cenas de ação e com a cena de luta mais importante ficando extremamente curta.
Inicio, meio e fim é o que toda história tem.
Início: os primeiros 45 minutos de filmes são excelentes. A inserção de Goku e Chichi na escola, a relação dele com o avô e os valentões ficou bem trabalhada, mas ainda faltavam detalhes. A busca pelas 7 esferas do dragão ficou muito legal. Goku, Bulma, Kame e Yamcha formaram uma boa equipe. Piccolo estava muito bem até ali e prometia evoluir em cena na segunda parte do filme.
Meio: acontece que pelo roteiro fraco de Ben Ramsey e por inaptidão de Wong para dar uma pequena alongada nesse trecho, o filme teve praticamente um salto do início para o fim. Goku teve um treinamento relâmpago com Mestre Kame e os outros personagens ficaram forçadamente esperando chegar o dia do eclipse. Ora, num monastério de mestres de artes marciais, onde todo mundo é careca e tem grande poder, porque Kuririn não está lá? O baixinho teria sido um perfeito ajudante de treinamento para Goku e ainda daria pelo menos mais 15 minutos de pura diversão ao filme, com muita ação e o surgimento da principal amizade do protagonista. Contudo, parece que nem Ramsey, nem Wong leram uma página do mangá ou assistiram a um episódio do anime. Lamentável.
Fim: Gostei do final, mas a luta entre Goku e Piccolo podia ter sido muito maior e melhor. Obviamente, Goku era o Oozaro de seus pesadelos e estava destinado a matar seus amigos, tendo sucesso com Kame. As seqüências com Bulma e Yamcha são bastante legais nessa parte. Shen Long ficou muito mal feito. Em D-war (um filme de fantasia coreano muito ruim, mas com belos gráficos) aparece um dragão que é a cara do nosso querido Deus dragão e o pessoal do designer nem ao menos quis se inspirar nele. Na verdade, parece que nem ao menos se inspiraram no original. E para piorar, o deixaram mudo e com visual amarelo-catarro brilhante. O óbvio pedido para reviver Kame e a cena de Goku e Chichi no final encerrou bem o longa.
Os efeitos especiais foram muito bem produzidos, com boa utilização da câmera-lenta. Pena que ao longo do filme ela é esquecida (ou será que o dinheiro acabou?). Mas Wong deixou o filme colorido e bonitinho demais, sem dar o tom de certo às lutas principais e descaracterizando o ambiente do filme. Mais uma vez, se ele quisesse poderia pôr referencias ao original quase a cada cena como McG fez com “Teminator: Salvation” em relação aos dois primeiros filmes da série. Poderia ter inserido lutas mais complexas com um recurso de CG (Computação gráfica), mas faltava grana pra isso. A falta de grana, aliás, é culpa da FOX.
Próxima: FOX
Adicione-nos no Facebook e Twitter.
Leia Também:
Yu Yu Hakushô, o Anime Perfeito
Death Note – Quando se estraga a melhor idéia
Conan – O Bárbaro que conquistou o mundo
Harry Potter e o retorno ao mundo da fantasia
Dead Island – O game de zumbi que promete ser o melhor do ano!