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Crônicas Ocultas do Clã DBOF: cap3 pt1

cristo dbof 

Mirai Denis
“E ai Brow! Sou eu Denis… ahn… um pouco diferente –falou apontando com o braço metálico para a máscara. Eu sou do futuro e algo horrível aconteceu aqui. O mundo foi pelos ares, cara! O desgraçado do Dário se tornou político e mandou jogar bombas de hidrogênio no mundo todo. Apenas eu, o Doutor aqui do meu lado e a Brigada Hater sobrevivemos da DBOF e menos de 300 pessoas no Brasil todo. Mas isso só vai acontecer daqui a 10 dias pra vocês ai do passado. Mas você pode evitar tudo, é só você reunir todos os moderas e partir para o Alagoas e impedir o Dario de lançar aquelas bombas. Será dia 2 de fevereiro, lembre-se bem. Você e os outros têm que estar lá antes disso, e tem que ser todos os sete. O Doutor inventou uma máquina do tempo e mandou essa mensagem pra você junto com uns materiais que tu vai precisar véio. Por favor acredite em mim. Boa sorte, Mauricio”

Por: M. Barreto

Capítulo III: Quando o Sol bater na janela do seu quarto… a aventura fantástica começará

Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 2011.

 Em um tempo alheio a tudo o que foi dito e feito, um homem dorme tranqüilo esperando o amanhecer. Contudo, ele despertará para mais do que um novo dia, será para um vindouro mundo novo e para uma missão que apenas por ele poderá e deverá ser cumprida.

Naquela manhã de sexta-feira, o Sol brilhava forte e emanava mais calor do que as previsões dos meteorologistas. Confortavelmente deitado em sua cama, Mauricio se espreguiçava enquanto o computador estava sendo iniciado. Pegou o celular e olhou as horas. Estava tarde. Já havia acordado e tomado o café da manhã, todavia resolvera deitar e aproveitar o resto de sono que lhe restava.

Era um jovem adulto, ainda com traços da adolescência, tanto na aparência quanto na maneira de agir. Era moreno, de estatura mediana, com curtos cabelos crespos e negros. Os olhos de pequenas fendas revelavam um olhar que dificilmente transmitiam o que ele realmente sentia. As palavras genial, preguiçoso, leal e amigo o definiriam muito bem.

Sentou-se na cadeira e ao entrar em sua tela de boas vindas. A mensagem de Denis foi recebida. Uma cara de espanto se instalou rapidamente, afastando o ar de sonolência. Quando entrou em sua área de trabalho havia uma pasta nova chamada “Esperança”.

–        Perai, será que eu ainda estou dormindo ou o que? –perguntou a si mesmo em voz alta.

Abriu a pasta. Lá havia quatro pastas em ordem: “Anti-3”, “Fichas”, “Mapas” e “Mensagem”. Abriu “Mensagem” e o vídeo de Denis apareceu novamente.

–        Como você fez isso, Denis –Falou enquanto abria “Mapas”.

Havia três mapas bem grandes todos do estado de Alagoas. Saiu e abriu “Fichas”. Havia muitos arquivos, cada um com o nome de um membro da DBOF, o seu inclusive. Abriu o arquivo com seu nome. Havia seu nome, idade, endereço, telefone, e-mail, lista de atividades feitas e que planejava fazer.

–        Ah, qual é? Mágica a essa hora da manhã não, cara – falou com um sorriso de interesse.

Fechou seu arquivo. E virou pensativo para a tela do computador sem focar a atenção no monitor, mas apenas em seus pensamentos. Deveria haver alguma explicação racional para tudo aquilo.

–        Claro. Um tal “doutor” inventou uma máquina do tempo e mandou essas mensagens para mim -falou com sarcasmo.

Veja também:  Crônicas Ocultas do Clã DBOF: Cap5 pt3

Quando voltou a enxergar a tela do computador viu que um dos arquivos era nomeado de “informações”. Estava no meio de vários nomes e não o notara antes. Quando o abriu ele colocou as mãos atrás da cabeça e relaxou na cadeira. O texto do arquivo dizia:

“Textos podem ser alterados, por isso não lhe enviarei nenhum que seja de grande valia. Acho que Denis terá dito tudo o que precisa saber. Ass. Dr.”

Só agora percebera que todos os arquivos não eram de formato de texto, mas de imagens muito bem digitalizadas. As imagens não podiam ser alteradas? Editores de imagem existiam para que? Pensamentos vagaram pela cabeça de Mauricio e ele não conseguia captar todos. Uma idéia lhe surgiu. Se precisasse confirmar a autenticidade era só verificar a data de fotografia. Mesmo que fosse alterada, poderia ser recuperada com algum programa.

–        Inteligente –teve que admitir.

Olhou a data de fotografia. 12 de dezembro de 2021. Levantou da cadeira batendo as pernas gaveta do teclado. Quem havia feito aquilo fez muito bem feito. Teria levado bastante tempo e deveria ser muito inteligente. Era tudo uma grande brincadeira afinal.

Passou a manhã olhando todos os arquivos dos membros da DBOF. Descobrindo coisas que ninguém que não os conhecesse pessoalmente saberia tão bem. Cada vez mais a hipótese de ser uma brincadeira parecia estar mais distante da verdade. Seu irmão não poderia ter feito isso, muito menos Denis. A teoria de um ser onisciente do futuro estava se tornando absurdamente séria. Viajar no tempo é impossível hoje, mas mesmo para 2011, num futuro pós-apocalíptico parecia ser improvável.

Precisava provar para si mesmo que aquelas informações eram verdadeiras. Ligou o discador da Internet e antes de clicar em “conectar” pensou em algo que com certeza desagradaria seu Pai. Na verdade desagradava até a ele mesmo. Olhou para o telefone e começou a discar o número de um membro da DBOF. Discagem interestadual sairia muito caro e sairia do bolso dele certamente.

–        Alô? Bom dia. O Denis está? –perguntou ainda sem muita certeza do que estava fazendo, com esperança de quem estivesse do outro lado dissesse que não havia nenhum Denis ali.

–        Só um minuto, meu filho –disse uma voz feminina do outro lado, provavelmente a mãe dele. Denisson! Telefone pra você.

Aqueles 25 segundos de espera pareceram uma eternidade. Havia uma palavra que se dita, ele teria certeza de que se tratava de Denis.

–        Alô, brow… –a voz de Denis fez a o corpo de Mauricio gelar.

Mauricio desligou o telefone abismado.

 Acabara de ligar para o Acre, para a casa de um amigo com quem nunca havia trocado uma única silaba verbalmente. E gastara uma fortuna naqueles 50 segundos. A mensagem era verdadeira, agora sabia. Não imaginava como, mas em algum lugar de um futuro alternativo alguém lhe mandara aquilo. Contudo, aquele ainda era o mesmo futuro de antes. No macro-plano nada havia mudado. Ele, e só ele, poderia mudar as coisas. O quarto parecia abafado demais. Olhou a janela e ficou alguns instantes imóvel.

Com um sorriso de um aventureiro no rosto, ele foi até a janela e deixou o sol iluminar o seu quarto.

Continua…

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Como diria Yoda: com a palavra você está