Crônicas Ocultas do Clã DBOF: Cap8 pt1
|Capítulo VIII: Dois cavalheiros se aproximam
O recorte de que Dario deu a Will e Swan tinha a seguinte Manchete de Jornal:
“Presidente Obama se recupera bem depois do atentado terrorista
Nesta manhã, o presidente Obama descansa em um quarto do Hospital American White. Ele sofreu um atentado terrorista chinês ontem a noite, quando um míssil foi lançado na Casa Branca. O analista de sistemas, Ming Ling Smith de 27 anos foi preso pois teria desarmado as defesas automáticas do governo norte-americano que detectariam e impediriam o ataque.
O governo chinês nega a participação. Contudo, as tropas chinesas estão em alerta geral e prontas para uma retaliação. Ou para uma invasão.
Desde que a China revelou ter armas nucleares, uma tensão crescente entre o senado americano e o presidente chinês põe em risco o mundo inteiro, pois uma guerra nuclear poderia dizimar toda a vida na Terra. O presidente Obama é o único de ambos os lados que tentava uma solução pacífica.”
“Escrito logo abaixo com a letra de Dario: De acordo com minhas fontes, o presidente Obama está quase morto e um sósia está se passando por ele para manter a calma no EUA. Eles iniciarão um contra-ataque no momento em que ele morrer.”
– Quando me tornei Deputado, esta mensagem chegou até mim. Eu a apurei e vi que havia possibilidade de ser real –Dario disse para Will e Swan ainda no helicóptero. O meu informante me disse que eu teria poder o suficiente para evitar que isto se torna-se realidade.
– Estive pensando… –disse Will. Obama morreu e até agora o mundo não acabou, por quê?
– Porque meu informante tem poder o suficiente para desarmar as ogivas antigas –Dario disse com uma piscadela. Ele hackeou os controles de lançamento do Pentágono e do governo Chinês. Contudo, eles estão próximos de descobrir um meio de vencer a barreira que ele impôs. Mais precisamente em 5 dias.
– Então antes que eles acabem com o mundo inteiro, vocês vão dar um jeito de manter ao menos uma parte dele vivo? –Adriana falou pensativa.
– Exatamente Adriana, em pouco tempo fizemos milhões de pessoas trabalharem arduamente para construir a fortaleza que abrigaria a elite do mundo. Os mais inteligentes físicos, matemáticos, filósofos, escritos e pensadores deste mundo e tantos outros com grande habilidade estariam a salvo dentro dela. E é claro que eu não poderia esquecer de vocês –Dario puxou do bolso interno do casaco dois envelopes e entregou um a cada.
Era o convite para uma festa promovida por ele para reunir o clã DBOF.
– Eu salvaria todos os meus queridos amigos –Dario disse fitando os olhos de Will. Uma forma de me redimir por tentar separar vocês há anos atrás –ele deu um risinho e olhou para fora onde as nuvens pareciam próximas.
Willian jogou seu convite pela janela. Olhou para Adriana e disse.
– Acho que não precisamos mais disso, não é? – Ele obteve uma resposta afirmativa dela. E quem é esse informante tão precioso?
Dario deu de ombros com o olhar fixo no horizonte.
– Garanto que o conhecem, mas não tem idéia do seu poder, meus amigos –Dario falou enquanto se espreguiçava.
No telhado do escritório de Dario, o piloto reserva se preparava para levantar vôo do heliponto atrás da clareira atrás da base. Ele sabia que o plano seria iniciado agora e queria ir para a fortaleza se proteger. Seus pais haviam morrido, era filho único e solteiro, depois da saída dos companheiros agora a pouco estava por si só. Tudo que lhe importava era se salvar. Ao ligar os motores e colocar os fones. Fechou os olhos e uma paz lhe enchera os ouvidos com o som límpidos das hélices cortando o ar. Ao abrir os olhos, havia uma grotesca criatura ao seu lado na cabine. Seu rosto era furioso, como uma caveira recoberta por pedaços de carne apodrecendo e a boca aberta parecia querer devorar-lhe. O medo rapidamente instalou-se e ele ficou sem reação. A sua porta abriu e uma mão tirou-lhe a arma do cinto, lançando-a longe.
Xiku ouviu a movimentação dos soldados. Estavam colocando a dinamite. Ele respirou fundo, pôs o dedo sobre o botão e fechou os olhos.
– Adeus Pai, Mãe, maninha e… DBOF –Xiku apertou o botão.
Ao abrir os olhos, uma mensagem de código inválido apareceu. Ele sabia que havia digitado corretamente a senha.
– Mas que merda –Xiku fechou os olhos não querendo acreditar no que estava acontecendo.
Ao abrir os olhos, digitou novamente o código e outra mensagem de erro apareceu. Só então lembrou que havia um código secundário que Mauricio havia lhe dado, sendo que este apenas destruiria metade do sistema, permitindo lançamento manual das ogivas.
Ele tentou se acalmar para digitar corretamente. Ele ouviu os soldados se afastando. A qualquer momento a porta explodiria e ele morreria ou com a explosão em si ou com a entrada dos soldados. Entretanto, precisava digitar aquele código. Agora.
Seus dedos resvalavam no teclado apressadamente. Verificava cada digito, não poderia errar agora. A porta parecia cada vez mais perto. As paredes pareciam se fechar. Suas mãos suavam e seus olhos embaçaram. Estava muito calor. Ele não sabia quanto tempo tinha. Queria morrer lembrando-se do rosto da sua querida irmã, no entanto não havia tempo para isso, ainda faltavam 5 dígitos. Errara um, apertara backspace duas vezes e agora havia 6 dígitos. Suas mãos tremiam, ele estava a ponto de começar a chorar. A bomba iria explodir e ele ainda não havia conseguido escrever a senha correta. Queria socar o monitor, o teclado, tudo. Acabara. Só faltava o “enter”. Ao apertar a tecla, um bipe soou atrás da porta e em seguida uma nuvem quente de fumaça, fogo e um estrondo ensurdecedor vieram em sua direção.