Crônicas Ocultas do Clã DBOF: Cap8 pt2
|Capítulo VIII: Dois cavalheiros se aproximam…
– O meu nome está ali –disse Pedro apontando a lanterna para o pedestal onde estava escrito Pedro “L”.
Acima do pedestal havia um exoesqueleto metálico, alaranjado, quase dourado. Era como uma armadura que revestiria o corpo inteiro, portando uma face em forma de capacete estando com a viseira aberta. Duas espadas se projetavam de suas costas formando um X. Renan, Thiago e Pedro estavam boquiabertos.
Pedro deu um passo em direção ao pedestal.
– Não acho uma boa idéia você ir até lá, Pedro –disse Renan baixinho.
Pedro chegou até a armadura e a tocou na testa. Ela ligou automaticamente dando um grande susto no rapaz. Os olhos dela brilhavam com um vermelho intenso.
– Reconhecimento facial, usuário primário, Pedro L –a armadura disse ao escanea-lo.
– Uau, ela realmente é para você –Thiago afirmou surpreso.
– É hora de logar –Pedro disse ao ficar em posição para vestir a armadura.
Como se estivesse viva, a armadura cobriu rapidamente o corpo de Pedro, e em pouco tempo, não havia parte descoberta. Ele abriu a viseira e depois a fechou novamente. Sua visão estava expandida, ele podia enxergar muito mais longe e analisar tudo o que acontecia no ambiente. Assim foi que descobriu que…
– Tem um batalhão vindo para cá, por ali –Pedro disse apontando para uma parede.
– Como você sabe disso? –Renan perguntou.
– Advinha, te dou duas chances –Pedro disse sarcasticamente.
Renan olhou para a armadura e ficou pensando um pouco. Pedro e Thiago se entreolharam e balançaram a cabeça negativamente.
Xiku fechara os olhos com força. Segundos depois ainda estava vivo. Ele não entendia como podia ser, após aquela explosão. Ao abrir os olhos, a fumaça pairava e ele percebeu sons de tiros que pareciam ser disparados com silenciador. A cortina de fumaça se desfez e ele então viu um reluzente robô metálico vermelho. Ele estava guardando as armas que saiam do braço direito.
– Ei Xiku, não se preocupe, sou eu! –Da armadura algo parecido com o som de alto falante emitia uma voz que ele logo reconhecera.
– Thiago, é você, amigo? –Xiku questionou ainda receoso.
– Claro que sim, tenho uma surpresa pra você cara –Thiago disse com uma risada que não deixava duvida ser ele. Vem comigo!
Xiku assentiu com a cabeça e seguiu-o pela abertura que ele havia feito na parede. Ao passar pela porta explodida, Xiku viu que os guardas dormiam com dardos tranqüilizantes disparados pelo amigo.
– Ei, Thiago, me explica como e onde você achou essa… seja lá o que isso for? –Xiku falou enquanto tentava acompanhar os rápidos passos do amigo turbinado.
– Estávamos tentando achar uma saída e então, o Pedro achou uma dessas com o nome dele. Logo depois que ele conseguiu logar, eu achei a minha… –Thiago respondera, entretanto Xiku interrompeu.
– Como assim “logar”? Virou Gokut isso aqui?
Thiago riu, o que gerou uma gargalhada metálica.
– Foi o Pedro quem inventou isso para a hora de colocar a armadura! –Thiago disse sorridente.
– Só aquele Japa pra inventar uma coisa dessas num momento como esse –Xiku falou balançando a cabeça.
– Enfim, achei duas: Uma escrita Thiago e a outra, pasme, Xiku! –Thiago parou e apontou para onde estava uma armadura semelhante à sua, contudo era verde.
Os olhos de Xiku saltaram, sentia cada batida de seu coração. Estava muito tenso em ver aquela arma, todavia sabia seu valor. Correu até ela e como acontecera com Pedro e Thiago. A armadura o reconhecera dizendo “Francisco ‘Xiku’, usuário primário”. O sorriso de felicidade em seu rosto, o de uma criança que ganhou o presente de natal que tanto queria, substituiu a face séria que dominara seu rosto nas horas anteriores.
– É hora de Logar!!
Agora ele entendera o entusiasmo dos amigos ao entrar naquela máquina. Era incrível a sensação de liberdade e bem estar que ela produzia. Ele olhou para os lados e lembrou-se que não sabia onde estavam Pedro e Renan.
– Thiago, onde estão os outros dois inúteis? –Xiku perguntou em tom de zombaria.
– Pedro está enfrentando alguns soldados e Renan está em uma sala segura… ao menos eu acho que é –Thiago falou coçando a cabeça.
– Tá na hora de voar, rapaz –Mauricio disse ao piloto apontando-lhe a arma para sua cabeça.
Ele se ajeitava na cadeira do carona do Helicóptero enquanto Onil retirava a máscara de monstro.
– Sempre soube que essa fantasia de carnaval –Onil disse com felicidade.
Mauricio sorriu e voltou a ordenar que o piloto alçasse vôo e dessa vez conseguira. Eles começaram a seguir o rastro do político e Mauricio disse com firmeza.
– A estação de caça ao Dario começa agora.
Continua…