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Crônicas Ocultas do Clã DBOF: Cap11 pt3

Crônicas Ocultas do Clã DBOF capítulo 11

Por: M. Barreto

Todos os capítulos em: COCD

Capítulo XI: Homem de Ferro

A fortaleza irá se autodestruir em 16 minutos.

O som da voz de Gamma ressoou por todos os corredores, chegando até onde Willian assistia o embate entre Mauricio e Dario que estavam de pé e afastados a certa distância.

– Não!! – Dario gritou. Quem fez isso?

– Droga – Mauricio falou usando o radar para achar Willian. Will, você tem que sair daqui, cara!

Ao ouvir isso, Willian saiu de trás de um enorme contêiner e quase foi alvejado por Dario. Mauricio então saltou por sobre o oponente e começou a socar-lhe.

– Mauricio, você vai ficar bem? –Will questionou preocupado.

– Eu saio voando daqui, assim que acabar com ele! – Mauricio disse sem interromper a sessão de socos. Vai!!!

Willian saiu correndo pelo primeiro corredor que viu. Por todos os lados haviam soldados correndo e tentando fugir. Pareciam animais correndo desordenadamente do fogo. Ao longo do caminho, ele cansou e foi obrigado a apenas andar, verificando se havia uma saída, porém aquele era um lugar gigante e ninguém parecia encontrar uma saída.

– Tenho que achar a sala de comando… –Will pensou.

Chegou a uma porta com os dizeres num letreiro: Sala de vídeo. Entrou e viu vários monitores, era a sala de comando. Sentou-se numa cadeira giratória e olhou pelas telas até achar a saída e viu num pequeno mapa a rota de saída. Porém, pouco antes de levantar, viu uma câmera mostrando uma cela. Dentro dela, estavam rostos conhecidos: Diego, Junior, Samanosuke e Milton. Eram os Haters da DBOF.

– Mas o que esses caras estão fazendo aqui! –Disse batendo na mesa com força.

Ele então lembrou-se do relato de Mauricio sobre Miray Denis dizer que havia uma Brigada Hater entre os aliados da resistência. Olhou para a parede e havia um contador regressivo em 9 minutos e 33 segundos para a explosão. Ele podia não gostar deles, contudo eles eram membros da DBOF e não poderia deixá-los.

Willian procurou e achou um botão para abrir a cela. Quando percebeu que eles começavam a sair disse ao microfone.

– Haters, aqui é o Will –De pronto, todo pararam. Confiem em mim, sou o Will da DBOF mesmo. Vão pelo corredor da esquerda até o fim e depois virem à direita e depois a primeira à esquerda. Eu vou levar vocês para a saída –Ele esperou para ver que eles havia seguido a ordem de ir para a esquerda e então partiu.

Ao sair da sala viu que faltavam apenas 7 minutos e 12 segundos.

– Malditos Haters! Sempre me causando problemas…

Dario estava saltando para longe de Mauricio, porém não conseguia uma distância segura. Então, atirou com sua arma de plasma e ela conseguiu finalmente causar algum dano ao Optimus Supremus, jogando-o longe. Mauricio levantou com dificuldade, não pela parte mecânica, foi por não conseguir manter seus pensamentos em uma linha só. Dario aproveitou o momento e fugiu.

– Eu tenho que parar aquela bomba! –O político disse correndo rapidamente enquanto a armadura regenerava e cobria seu corpo ensanguentado.

Enquanto isso, Mauricio teve que sair da armadura e até do módulo azul. Caiu de joelhos segurando a cabeça, pois ela estava doendo muito.

– Que dor é essa, parece que minha cabeça vai… explodir –O médico falou dando um soco forte no chão.

O soco deixou a mão doendo bastante e ajudou em parte a distrair a dor de cabeça.

Sentou-se e ficou em silencio por alguns segundos, colocando as ideias no lugar. A dor de cabeça estava diminuindo e começava a conseguir pensar.

– O que eu estou fazendo batendo em Dario? –falou com um tom de autodesaprovação. Ele não é a quem eu devo impedir. É o Gamma! Ele é o verdadeiro vilão! –Levantou-se e respirou fundo. Dario é apenas a rainha branca desse jogo de Xadrez e eu não posso ficar nessa de vingança pessoal. Tenho que ir atrás do Rei e dar Xeque Mate, antes que eu leve.

Respirou fundo e olhou as armaduras. Não tinha escolha, teria que entrar novamente e continuar tendo o cérebro fritado. Pegou o pendrive do bolso e tentou achar um lugar onde plugar na armadura. Ele então lembrou do arquivo “Anti-G” no aparelho.

– Anti-G… está na cara, claro! –riu-se da própria piada interna. Anti-Gamma. O Doutor… Eu inventei isso no futuro… –Apertou o pendrive nas mãos. Provavelmente um vírus para destruir essa coisa toda.

Achou a entrada USB e plugou, descarregando o arquivo.

Veja também:  COCD: Explicações gerais

– Isso é o mais importante.

Entrou novamente na armadura e com o cérebro novamente em uma torrente de informações, foi para o mesmo lado que Dario havia partido, pois suspeitava que ele deveria ter ido ao cerne do Gamma.

No hangar, onde estavam os membros do Clã DBOF enfrentando Lucy para fugir, a transexual estava dando gargalhadas de felicidade por ter seu desejo realizado pelo seu Deus e devaneava andando de um lado a outro.

– Entrem todos no carro –Denis estava sério e com a voz firme. Essa vadia louca não vai nos atrapalhar mais.

Logo em seguida, fizeram um curativo na ferida e subiram no carro todos juntos. Adriana tivera apenas poucas aulas de direção, porém era a única habilitada a tirar-lhes dali. Sentou-se no banco do motorista e arrancou com o carro.

Aos tropeços o carro seguiu pelo longo pátio do hangar da fortaleza. Havia uma abertura logo a sua frente e eles poderiam enfim sair dali.

Enquanto avançavam, um vulto se colocou na frente do automóvel. Era Onil, muito ferido, mas ainda vivo. Adriana fez um belo drift com o carro, antes de conseguir parar, por sorte de Onil.

– Oi galera, derrubar todos aqueles soldados foi… cansativo –Disse com um sorriso no rosto.

– Bem vindo de volta, Onil –Denis disse ajudando o amigo a subir.

– Que faixa é essa no seu rosto? –Onil perguntou.

– Apenas uma cicatriz style que ganhei agora a pouco.

Com mais um a bordo, eles voltaram a seu rumo. Ao sair, eles viram que estavam em cima de uma montanha ainda cheia de neve a derreter e desceram até onde o carro permitira.

– Agora é com você, Brow –Denis falou pensando em Mauricio.

– Contamos com você, migo –Karol abraçou Denis.

– Tomara que vocês não morram –Danton disse com cara de criança chorona.

– Willian, Mauricio… – Adriana falou olhando para o teto do carro.

Xiku olhou para a fortaleza e nada disse. Onil fez menção a dizer algo, mas calou-se, pois sabia que tudo o que precisava fazer agora era cuidar dos outros, a missão confiada por seu amigo Mauricio. Ao olhar para os lados e enxugar uma lágrima que insistia em sair, Adriana avistou um smartphone ligado a sua frente.

Os 7 soldados restantes na floresta voam atrás de Thiago e Pedro que haviam se escondido atrás de uma pequena reentrância de fora ao no segundo andar da base.

Ao avistarem as armaduras, Os soldados começam a atirar. De repente, uma onda de fogo e um som forte se sobrepõe aos tiros e acertam-nos em cheio, derrubando-os a todos.

– É o que eu sempre digo: Na duvida, exploda tudo – Thiago falou solenemente.

Thiago e Pedro estava ainda mais abaixo. Eles havia deixado as armaduras na reentrância e ativaram a autodestruição, escorregando para um lugar seguro antes dos soldados chegarem.

Um soldado consegue se levantar ainda, todavia é prontamente acertado por um tiro de canhão do tanque de Vitor e Leandro.

– E eu sempre digo: Não seja igual a Napoleão, cuide de sua retaguarda – Pedro riu.

Dario chegou ao computador central da fortaleza: Uma enorme máquina sem botões, sem entradas ou saídas.

– Gamma, eu estou aqui! Dê-me poder para vencer –Dario suplicou.

– Eu já te dei tudo o que precisava para vencer e ainda assim me pede mais? –Gamma replicou.

– Sem mim, não haverá vitória –Dario mudou o tom de voz para algo mais agressivo. Sem mim, ele virá e te destruirá!

– Mesmo que este computador seja destruído, não haverá vitória para o Doutor –podia-se jurar que Gamma sorria após este comentário. Eu pertenço ao mundo inteiro. Nada neste mundo poderia me destruir.

– Então, eu terei que usar algo que não é deste mundo –Mauricio disse.

Ele havia chegado com sua Optimus Supremus no limite de seu esforço mental.

– Que tal um vírus criado fora desse mundo? De um mundo 10 anos no futuro? Xeque…

Ele foi transformado em ferro

No grande campo magnético

Quando ele viajou no tempo

Pelo futuro da humanidade

Botas pesadas de chumbo

Enche suas vítimas de pavor

Correndo o máximo que elas podem

O Homem de Ferro vive de novo!!!

Black Sabbath em Ironman.

Fim do Capítulo 11.

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Como diria Yoda: com a palavra você está