Vingadores 2: Era de Ultron – Crítica: Excelsior!

Um trânsito enorme para chegar ao cinema. Meu chaveiro da máscara do Homem de Ferro, brinde da pipoca, caiu e quebrou. Meu óculos 3D estava só com uma lente e tive que ir trocar, perdendo um minuto de filme. E isso é tudo o que eu tenho de ruim para falar de Vingadores 2: Era de Ultron. O filme, em si, é épico e contagiante. Quem espera algo dark vai se decepcionar, pois Vingadores 2 é um filme que traz os quadrinhos à tela desde a Splash Page até o gancho para a uma nova saga.

Desta vez, os seis heróis mais poderosos da Terra se unem para resgatar o cetro de Loki das mãos do Barão Von Strucker, líder da HYDRA. Somos apresentados aos gêmeos Pietro e Wanda Maximoff, não mutantes como nos quadrinhos, mas Aprimorados, ou seja, pessoas comuns que ganharam superpoderes nos experimentos da HYDRA. E aí vem a Splash Page reunindo nossos queridos heróis em uma única épica cena de ataque como uma linda capa de quadrinhos.

A partir do momento em que retomam o cetro, nós percebemos que este é um grupo diferente do que vimos no primeiro Vingadores e em seus filmes solos. Steve Rogers (Chris Evans) agora sabe que seu lugar é no campo de batalha; Natasha Romanoff, a Viúva Negra (Scarlett Johansson), tem outras coisas na mente além das missões; Thor (Chris Hemsworth) está ainda mais enturmado com seus companheiros; Bruce Banner (Mark Ruffalo) está aceitando melhor sua dupla função com médico e monstro; Gavião Arqueiro, Clint Barton (Jeremy Renner), se preocupa cada vez mais em ser um humano entre monstros; Tony Stark (Robert Downey Jr.) está preocupado agora em criar a tecnologia que evitará guerras futuras.

A ideia geral do filme é saber quando é o momento certo de parar e o quanto devemos arriscar para ganhar um futuro melhor. Aliado a isso, nós temos os erros do passado assombrando o presente, como, por exemplo, o Bruce sendo assombrado por ser o Hulk e os gêmeos Maximoff que tiveram os pais mortos por armas das indústrias Stark (lembrando até o início do primeiro Ironman). Com tudo isso, é fácil entender como os poderes de controle mental de Wanda conseguem mexer tão facilmente com a abalar o grupo, pois mesmo após acordar de um pesadelo, aquela sensação ruim pode perdurar por dias.

Acima de tudo, a equipe é o foco principal do filme. O que fazer para melhorar os Vingadores e como eles podem interagir em grupo. Analisando a gema do cetro e com a ajuda de Banner e Jarvis, Stark consegue finalizar o projeto Ultron, com o qual pretende por fim a qualquer ameaça que surja no futuro, aposentando não só ele como à todos os Vingadores. Porém, Ultron toma consciência de si mesmo antes que Jarvis pudesse evitar, já havia tomado forma e estava indo atacar os Vingadores. A criatura que quer destruir os criadores.

A cena do martelo de Thor, Mjolnir, a luta de Hulkbuster e Hulk e a perseguição do Capitão América à Ultron são cenas fantásticas. Joss Whedon novamente nos trouxe um filme de guerra heroica num amplo cenário e com todas as possibilidades de aproveitamento das características dos personagens, tanto poderes quando da personalidade de cada um. A batalha final contra Ultron é épica, até porque o vilão é sarcástico ao extremo, o que contrabalanceia com os heróis que estão tensos no momento. Tudo isso embalado ao som da magnífica trilha sonora de Brian Tyler e Danny Elfman. Ultron não é uma grande ameaça sozinho, mas seus planos são, assim como Loki no primeiro longa.

Elucidando sobre as joias do infinito ao longo da fase 1 e 2 da Marvel  (Tesseract – gema do Espaço, Joia do cetro – gema da mente, Éter – joia da realidade, Orbe de Guardiões da Galáxia – gema do poder), eles finalmente abriram caminho para as Guerras Infinitas, título dos dois próximos filmes dos Vingadores. Bem como esperado, os Vingadores originais estarão espalhados para suas aventuras solos/guerras pessoais quando Thanos vier à Terra. Aliás, já dando spoilers nesse fim de texto: Você entra no cinema cantando “There are no strings on me” e sai falando “Eu mesmo resolvo”. Isso, meus caros, é o modo Marvel de te dizer para todos os fãs: Excelsior!

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