Herofirst 8: Into the Badlands – Artes marciais e o fim do mundo
O universo pós-apocalíptico abre várias vertentes para cenários de filmes e séries. A mais utilizada atualmente é o universo zumbi, que já está, na verdade, saturando as telas. Indo na contramão da receita atual do sucesso, nós temos a estreia da nova série da AMC (The Walking Dead), Into The BadLands, onde um dos grandes mistérios é justamente o que aconteceu com o mundo e nós veremos essa jornada através de um matador chamado Sunny (Daniel Wu).
Into the Badlands é baseada no conto chinês Journey to the West (Nota do Editor Doc Mauricio Barreto: Jornada para o Oeste é o mesmo conto da lenda de Son Wukong ou, como é mais conhecido atualmente, Son Goku, o qual deu origem à saga de Akira Toriyama, Dragonball) e criada por Alfred Gough e Miles Millar, nos apresenta uma era feudal comandada por Barões e seus exércitos. O sangue caracteriza bem essa era, se mostrando presente e em quantidade nas lutas, algo que me remeteu ao estilo de Kill Bill.
Nesse mundo devastado, somos apresentados a Sunny um matador que busca a satisfação do Barão. Ao ir em uma missão ele se depara com um misterioso garoto chamado M.K (Aramis Knight), que está sendo procurado pela Baronesa Viúva. Intrigado, Sunny leva M.K até o Barão para esclarecer as coisas. Na fortaleza do Barão, nós iremos conhecer um pouco mais da vida de Sunny, M.K e a possível ligação entre os dois. Provavelmente, essa ligação será o estopim para o início da jornada. A busca será por Azra, a terra de M.K, e da qual Sunny tem uma leve recordação. Questões politicas também serão trabalhadas, tendo em vista a relação entre os barões e suas comunidades pela sobrevivência.
Into The BadLands tem uma narrativa que dispensa flashblacks explicativos. A estrutura atual da humanidade fica bem clara. Temos os Barões, que treinam, desde crianças, órfãos para se tornarem guerreiros únicos, conhecidos como matadores. Os Nômades são os povos que vivem de forma clandestina e em acampamentos, não se sujeitando aos barões.
Logo no primeiro episodio podemos ver a diferença que coloca Into The BadLands em um patamar diferente de outras séries. Ao trocar armas por espadas, luta de rua por Kung Fu, temos um belo espetáculo de cenas de ação, que lembram, e muito, as cenas de filmes dos anos 90 de Jackie Chan ou Jet Li, e com uma leve pegada do estilo de Matrix. As coreografias de luta e cortes de câmera dão uma sensação de satisfação, tendo em vista a má qualidade em cenas de ação de algumas séries atuais como SuperGirl. O roteiro, para um primeiro episódio, não deixou a desejar, mas não aprofunda nos personagens, deixando as motivações superficiais, mas que acredito que sejam mais trabalhadas ao decorrer da série. O único ponto que não posso deixar de comentar é o fato da “possessão” de M.K, que abre um leque de possibilidades e cenas incríveis. Apesar do sangue estar presente, os cortes impedem de ver cenas mais agressivas como fraturas ou espadas e lanças atravessando os corpos, mais um fator que remete aos anos 90.
Into the BadLands começou satisfatório, sem muito a oferecer na trama inicial, mas muito convincente no que se propõe e divertido para assistir. Devido ao fato da série ser estrelado por Wu, que já possui experiência em produções de artes marciais, podemos esperar por muitas sequências de ação, efeitos de movimento e cenas de luta com espadas. Até que ponto essa jornada vai durar, somente o futuro poderá nos responder.
Trailer:
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pensamentollivre
Patrick Duarte, CEO do Blog Pensamento Livre e Editor do Site Herói X Jornalista (MTB 0082370/SP). Nerd por paixão e cinéfilo por natureza. Servo do Deus!!!
Excelente crítica. Ainda não assisti, mas fiquei curioso. Vlw!