Crítica Capitão América Guerra Civil: o melhor filme dos Vingadores
Quando o subtítulo Guerra Civil foi adicionado ao Capitão América 3, a Marvel Studios disse que o filme não seria um “Vingadores 2,5”. Mas foi exatamente isso o que aconteceu e de modo algum isso é uma coisa ruim. Capitão América Guerra Civil é o melhor filme dos Vingadores. E de quebra ainda é o melhor filme do Homem Aranha.
Capitão América Guerra Civil, como era de se esperar, apenas utiliza do subtítulo e do tema do filme como estopim para a história. Assim, Tony Stark (Robert Downey Jr.) se sente responsabilizado pelo que aconteceu em Sokovia nos eventos de Vingadores Era de Ultron e sente que o registro dos Vingadores será o caminho. O dilema das identidades secretas aqui não, mas é fortemente colocado que os Vingadores, sendo uma iniciativa privada, faz o que acredita ter que fazer. Com o registro no Tratado de Sokovia, os Vingadores seriam obrigados a acatar as decisões da ONU e só poderiam agir sob o comando e tutoria dela. E foi essa falta de liberdade que o Capitão América (Chris Evans) não pode suportar.
Junte a isso o fato de que Bucky Barnes (Sebastian Stan), o Soldado Invernal estava sendo acusado de mais um atentando terrorista e teremos uma cisão completa do Capitão América com a Lei. Como personagem que não possui vínculos emocionais com os Vingadores e apenas julga a situação, temos o rei de Wakanda, Pantera Negra. Atuando belamente Chadwick Boseman traz toda a imponência do Pantera Negra para a história, mostrando às vezes, ser o mais sombrio e sombrio de todos.
Em ambos os lados, nós vemos os membros dos Vingadores em ação e com desenvolvimento. Foi como ler em sequencia histórias em quadrinhos, com todas as suas subtramas e personagens carismáticos. A relação de Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen) e Visão (Paul Bettany) tem bastante espaço, assim como as amizades podem ser bastante exploradas a exemplo de Viúva Negra (Scarlett Johansson) e Steve. Uma das grandes vantagens do Universo Cinematográfico já bem estabelecido é que você não precisa perder muito tempo de tela com eles e você já percebe o entrosamento.
E o momento mais esperado ocorre quando as equipes estão sendo formadas, a aparição de Peter Parker, o Homem Aranha. Desde o primeiro encontro com o Homem de Ferro, às cenas de luta, o Homem Aranha roubou a cena. Tom Holland é o Homem Aranha definitivo, engraçado como nos quadrinhos, no desenho dos anos 90 e nos filmes de Andrew Garfield e tímido como o Aranha de Tobey Maguire.
A cena de batalha do aeroporto é a grande cena de luta do filme. A batalha das duas equipes é épica e deixa a questão de porque a Marvel nunca investiu numa equipe de Supervilões. No primeiro Vingadores, foi bem legal ver o exército de Chitauri, mas em a Era de Ultron, o exército robô foi mais do mesmo. Tentaram fazer algo assim introduzindo Wanda e Pietro, mas não funcionou. Mas a gama de poderes diferentes e habilidades novas foi um salto de qualidade nas batalhas dos filmes Marvel.
O que Lex Luthor de Mark Zuckenberg não conseguiu ser em Batman V Superman, um vilão sóbrio, Barão Zemo conseguiu e Capitão América Guerra Civil. Ele arquiteta um plano para destruir os Vingadores por dentro e realmente consegue, afinal. Foi interessante pela primeira vez usarem alguém inteligente e não apenas um exército enorme como inimigo. E seu plano não conseguiu ser desfeito com algo tão simplório como “Martha”.
Capitão América Guerra Civil foi um marco nas histórias do UCM, mas tenta ser comedido nas ações, pois diferente das HQs, ele não pode fazer um reboot à hora que quiser e suas ações tem que ser definitivas. Nos detalhes do roteiro, das referências e das lutas épicas é que o filme se encontra. E é assim que a Marvel mais uma vez se solidifica e abre caminho para a fase 3 dos Vingadores.
Lembre que haverão duas cenas pós créditos, uma pouco após os nomes e o tradicional no final dos créditos.
Adicione o Heroi X no Facebook, Twitter, Pinterest, Youtube, Instagram e Google plus. Entre no grupo HEROPOWER.
Leia também:
Quem são: Mercúrio e Feiticeira Escarlate – Marvel
Goku vs Superman: O encontro de dois mundos
Crítica Ajin – Anime da Netflix
About The Author
Dr. Mauricio Barreto
Nerd, Médico, blogueiro, otaku, Jedi, trekker, detetive sobrenatural, cavaleiro do zodíaco, guerreiro Z, cavaleiro que diz Ni e Ninja nas horas vagas... criador e dono do Heroi X